terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mensagem do Presidente da ACCM


BREVE NOTA DO PRESIDENTE DA DIRECÇÃO:



Com a constituição da nossa Zona de Caça e posterior tomada de posse como Presidente da mesma, constatei a verdadeira importância do associativismo, tendo reforçado o meu grande hobby – a preservação da natureza e o conhecimento e eliminação de certas doenças em animais autóctones nela coabitantes, procurando dar o meu contributo para o desenvolvimento sustentável da região.
Ao longo destes 5 anos, mais concretamente nos últimos 2 (desde que estou em exercício de funções directivas), as nossas actividades têm-se vindo a desenvolver em diversos âmbitos, tendo sido alcançados grande parte dos objectivos que me propus e que a seguir passo a explanar.
Alcançou-se o consenso das três freguesias abrangidas pela nossa ZCA. Com efeito, esta tem 5 ha de terreno, englobando as freguesias de Águas Frias, Bobadela de Monforte e Oucidres, com todas as aldeias anexas: Casas de Monforte Assureiras do Meio, Assureiras de Baixo, Avelelas, Sobreira, Vilar de Izeu e Vila Nova de Monforte.
Nessa esteira, temos cooperado para um maior aproveitamento e valorização dos recursos naturais existentes, o que tornou possível deambular pela nossa Zona de Caça, apreciar o Belo Castelo de Monforte de Rio Livre e a majestosa paisagem de Trás-os-Montes: os campos cultivados e toda a área de floresta onde se refugiam as nossas espécies autóctones. Conseguem-se vislumbrar coelhos, lebres, perdizes, javalis, alguns corsos e, como zona de terra fria, em época própria, tordos e algumas rolas.
De facto, denota-se zelo por parte de alguns associados, no sentido de não descuidar a limpeza e manutenção de nascentes superficiais, contribuindo, desta feita, para que haja água em abundância para a caça poder beber.
Tem-se fomentado o associativismo, para o qual muito têm contribuído a organização de batidas a javalis e raposas, a largada de perdizes e a promoção de um salutar convívio entre associados e seus convidados.
Com a colaboração e esforço de diversos elementos da Direcção, bem como de associados em geral, foram construídas infra-estruturas de apoio, designadamente, gaiolas refúgio para caça. Neste momento, estão implantadas e prontas a receber peças de caça para repovoamento 7, faltando 1 das 8 inicialmente previstas.
Apesar das terríveis doenças que, nos últimos anos, têm assolado algumas espécies (com impacto preponderante no coelho), fez-se o repovoamento de coelhos e perdizes, tendo sido colocados centenas coelhos em gaiolas e em tocos já existentes e dezenas casais de perdizes. Algo que já começou a surtir alguns efeitos positivos, na medida em que se tem verificado um substancial aumento da população de perdizes, não obstante, a presente época de 2008 se tenha revelado fraca, por circunstâncias exógenas, no que concerne a coelhos. Todavia, não podemos deixar de ressaltar a existência de uma quantidade bastante significativa de lebres (o que para muito contribui a excelente geografia do terreno), bem como de javalis, apesar das atrocidades que são cometidas durante todo o ano em defesa dos terrenos de cultivo e decorrentes de maus hábitos enraizados na nossa população.
Por ser uma zona de caça por excelência, e apesar de não termos guarda-florestal, temo-nos esforçado em sensibilizar as pessoas para a ilicitude de certas condutas, em prol da conservação da natureza e da garantia da mesma oportunidade de caça a todos os membros associados.
Para se poder manter, senão mesmo incrementar a quantidade de peças de caça para a próxima época, optámos por fechar a época venatória no dia 1 de Dezembro (inclusivé).
Por último, não quero deixar passar esta oportunidade sem agradecer a todos os elementos da Direcção o apoio que me têm dado, bem como enaltecer alguns dos nossos associados que, desinteressadamente, muito têm contribuído para a manutenção e boa gerência da ACCM.

O Presidente da Direcção
António José Gil de Mesquita